CONSUMO DE OXIGÊNIO E LACTACIDEMIA
A capacidade de indivíduos realizarem exercícios de
media e longa duração depende principalmente do metabolismo aeróbio. O índice
mais utilizado para avaliar esta capacidade é o consumo máximo de oxigênio (VO2máx).
O VO2máx em indivíduos treinados pode ser em média duas vezes maior
que o de indivíduos sedentários.
Durante o exercício, a demanda por oxigênio para a
musculatura ativa pode aumentar até 20 vezes em relação a condição de repouso. Resumidamente,
o aumento da atividade da musculatura esquelética aumenta a demanda por ATP
como combustível para a interação actina-miosina. Para a ressíntese do ATP a
demanda dos substratos age como sinal para determinar a frequência com que
entrarão na mitocôndria e também para a vasodilatação dos vasos que irrigam a
musculatura ativa. Essas duas mudanças aumentam a energia e a oferta de
oxigênio para os músculos ativos.
O VO2max pode ser expresso em valores
absolutos (l/min) ou relativos (ml.kg-1.min-1).
Atletas
de provas de fundo se tornam melhores à medida que o tempo passa porque o tempo
necessário para a melhoria do sistema aeróbio é relativamente maior.
No Primeiro limiar de lactato o encontro das retas
de produção e de metabolização é chamado de ponto de saturação do MCT.
A metabolização tende a entrar em platô pois a
principal via de remoção do lactato é a oxidação, isso pressupõe consumo de
oxigênio.
- 70% do lactato é removido por
oxidação.
- 30% do lactato é removido por
outras vias como a da proteína, por exemplo.
Relação entre lactato sanguíneo e
treinamento: antes do primeiro limiar está aa zona subaeróbia, em que não há
excesso de lactato e isso é possível notar em função de a sua metabolização ser
igual a sua produção. Já entre o primeiro e segundo limiar aeróbio há a zona
aeróbia extensiva, onde as adaptações metabólicas já são mais evidentes em
relação ao treinamento de cargas leves e longa duração. Podemos notar um
aumento da capilarização tecidual, do número de mitocôndrias e da concentração
de glicogênio. Ao ultrapassar o segundo limiar de lactato temos a zona
anaeróbia intensiva, onde ocorrem adaptações cardiovasculares. São treinamentos
com cargas mais altas e com maior intensidade. Ocorre uma diminuição da
Frequência Cardíaca, aumento do volume sistólico e consequente melhora da força
de contração do coração, melhorando assim o bombeamento.
Com isso, presumimos que para que
alcancemos um bom nível de treinamento precisamos inicialmente de alterações
metabólicas, para então aumentar o volume de carga e intensidade a fim de
chegar a adaptações cardiovasculares.
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